Por que fazer um plano de negócios?
Imagine que você é técnico de uma equipe de futebol e a meta da sua equipe é ser campeã da temporada. Para que isso aconteça, é necessário planejar cuidadosamente, pelo fato de a vitória depender de muito treino, bons atletas, preparo físico e diversas outras demandas, que provam o porquê de um planejamento e organização de pautas serem de suma importância.
Assim, de forma análoga ao futebol, para atingir um grande objetivo, tal como reerguer ou expandir um negócio, é necessário formular um plano. Vale ressaltar que, como dizem, planejamento é a alma do negócio. Dessa forma, para sanar suas dúvidas a respeito de business plan, confira ao longo deste texto informações para impulsionar a sua empresa, ou tirar do papel a sua ideia.
O que é um plano de negócios?
Um plano de negócios é uma ferramenta essencial para qualquer empreendedor ter uma visão mais ampla sobre todos os principais aspectos de um negócio, isto é, sua área de atuação, análise de custos e despesas, lucratividade e organização financeira. Portanto, o plano de negócios não é apenas um documento com os objetivos do projeto e as maneiras para alcançá-lo. Na realidade, ele conterá toda a lógica, metodologia da empresa e também sua missão. Em razão disso, o plano não só proporciona uma melhor identidade e forma à sua empresa, como também uma melhor consolidação dos objetivos e prevenção de eventuais erros que poderiam ser cometidos na prática.
Para que serve o plano de negócios?
O plano de negócios ou business plan funciona como um manual, cujo intuito é mostrar para o empreendedor caminhos a seguir a fim de que o seu negócio seja bem sucedido. Ele também apresenta possíveis erros que podem acontecer e soluções para evitá-los.
Dessa forma, o plano apresenta informações detalhadas sobre: clientes, produtos, fornecedores e concorrentes. Outro ponto importante é que, em um bom plano, há análises estratégicas que potencializam os pontos fortes da ideia proposta e minimizam os pontos fracos da mesma.
Além disso, o business plan fornece encaminhamentos sobre a parte financeira do projeto, ou seja, estipula custos, despesas e projeta os lucros necessários para suprir as necessidades do empreendimento.
Por fim, é válido destacar que o plano de negócios tem duas funções muito claras: concretizar a ideia e apontar eventuais erros antes que estes aconteçam na realidade.
Como fazer um business plan?
-Plano de marketing:
O Plano de marketing é um documento onde devem ser registradas todas as ações a serem realizadas para a divulgação efetiva de um produto, serviço, marca, linhas de produtos, projetos… Nele, são identificadas as fraquezas, forças, ameaças e oportunidades que o mercado proporciona para a sua empresa.
Além disso, essa ferramenta estratégica estimula a empresa a estabelecer metas, objetivos e a pensar nas necessidades e desejos de seus clientes, para assim, não ser capaz apenas de atender aos desejos de seus atuais clientes, mas também de conquistar novos consumidores e alavancar suas vendas.
-Análise de Mercado:
Nesta fase, deve-se realizar uma pesquisa sobre o mercado onde a empresa atua, buscando entender seus clientes, concorrentes e fornecedores. Esta análise está muito relacionada ao marketing da empresa, pois, em conjunto, podem desenvolver campanhas para públicos de alto interesse.
A partir dos dados coletados até aqui, é possível mapear soluções ou até aperfeiçoar algumas já existentes para expressar melhor a visão e valores da empresa, destacando-a da concorrência.
Para essa parte, pontos importantes a serem pensados são:
- Análise do mercado alvo:
Aqui, é importante que seja feita a análise da competitividade entre os concorrentes do mesmo segmento em que sua empresa atua e dos produtos e serviços que eles ofertam. - Conhecer os seus clientes:
Para esse estágio, é recomendado que se divida os clientes em segmentos de mercado para facilitar na hora de decidir seus canais de distribuição e sua política de preço. - Avaliar concorrentes diretos:
Nesta parte, é necessário buscar respostas às seguintes questões: o que as empresas concorrentes vendem, para quem vendem, porque esses clientes compram delas ou porque deixam de comprar, quais são os recursos humanos, financeiros e a tecnologia que utilizam para reagir às demandas do mercado, e etc. - Analisar e selecionar adequadamente fornecedores:
Pontos importantes nesse estágio são: manter os dados cadastrais de fornecedores atualizados, pesquisar o melhor preço, qualidade, condições e prazo de entrega.
Por fim, vale ressaltar que a análise de mercado ajuda o empreendedor a entender a lógica do mercado no qual vai atuar por meio de processos e dados registrados.
-Plano Operacional:
O plano operacional é responsável por proporcionar um entendimento da totalidade do negócio, isto é, oferecer uma visão ampla sobre todo o processo produtivo, quadro de funcionários, matérias primas e estratégias de vendas.
Primeiramente, é necessário realizar um layout da distribuição dos diversos setores da empresa, identificando onde ficarão mercadorias, matérias-primas, estantes, vitrines, equipamentos, móveis, entre outros. Somado a isso, é importante incorporar ao layout o posicionamento dos funcionários em suas respectivas funções. É ideal que sejam abordados os cargos dos funcionários, como gerentes, diretores, secretários e etc. Ademais, é necessário verificar a quantidade de produtos que uma instalação pode produzir e quantos clientes pode atender.
Por fim, deve-se registrar também o funcionamento da empresa, isto é, descrever cada etapa do processo produtivo, desde a fabricação dos produtos até a prestação de serviços. O plano operacional mostra-se essencial para a maior produtividade, menor desperdício, mínima ociosidade, maior capacidade administrativa e maior facilidade de localização de possíveis falhas.
-Plano Financeiro:
Após todas essas análises de viabilidade e estruturação de um plano de negócios, existe o plano financeiro. Este plano é o resultado final do business plan, pois apresenta em números todas as ações planejadas. Se a conclusão for que o negócio tem espaço no mercado, o próximo passo é calcular o investimento de implantação.
Para esse cálculo é preciso levar em consideração os investimentos fixos (equipamentos, móveis e veículos), investimentos pré operacionais (reformas e registros da empresa), capital de giro (recursos financeiros para financiar clientes na venda a prazo e para pagar fornecedores) e a análise comparativa entre receitas e custos, sejam eles fixos ou variáveis, para que seja possível identificar o quanto irá ser gasto e o faturamento esperado.
É válido destacar que o plano financeiro também possibilita o cálculo de indicadores, como o ponto de equilíbrio, que é o faturamento mínimo para a empresa não ter prejuízo, o prazo de retorno do investimento, isto é, qual o tempo necessário para que seja recuperado o capital investido, e a lucratividade (ganho que a empresa tem na relação entre lucro e a receita total).
Por fim, é preciso ter consciência de que quem não planeja e não mede, não gerencia seu empreendimento com organização e pleno sucesso.
-Caminhos seguintes/Propósitos:
Após a finalização dos planos supracitados, é importante fazer diversas simulações de cenários favoráveis ou desfavoráveis à empresa, colocando o empreendimento em situações de riscos nas quais seriam inevitáveis medidas de austeridade ou em situações de elevado crescimento em que ações para ampliar a capacidade produtiva seriam necessárias. Desse modo, a empresa pode se preparar para momentos como esses e iniciar a criação de saídas e soluções de problemas para ambos os cenários.
Com base nisso, é necessário utilizar o instrumento de análise com a sigla “FOFA” (força, oportunidade, fraquezas e ameaças), a qual é responsável por identificar os pontos fortes e fracos do empreendimento e, com base nisso, fazer uma análise e estipular caminhos para solucionar os pontos fracos e potencializar os fortes.
Concluídas todas as etapas, é possível não só consolidar a missão principal da empresa, como também apontar seus valores, os quais devem ser seguidos pelos membros a fim de desenvolver o maior potencial do empreendimento.
-Conclusão:
Após a finalização de todas as etapas, o plano de negócios estará pronto. Ele será um grande diferencial, tendo em vista que ter um instrumento de planejamento nas mãos pode não só evitar erros, mas também ampliar a chance de sucesso do empreendimento.
Desse modo, o plano de negócios deve ser uma ferramenta constantemente utilizada, reavaliada e atualizada, tendo em vista que o mercado é dinâmico e as tendências podem mudar de maneira muito rápida.
Você que tem a ideia de abrir um empreendimento, mas não sabe se vale a pena, ou então já tem um empreendimento e quer elevar sua empresa a outro patamar, venha fazer um plano de negócios com a Motriz Ej! Fornecemos total apoio e suportes possíveis. Lembrem-se de que empreender é sempre um risco, mas empreender sem um planejamento é um risco que pode ser evitado.